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Robalo, o faixa preta das baias e estuários
Robalo, o faixa preta das baias e estuários

Robalo, o faixa preta das baias e estuários.

Os manhosos robalos são sem duvida, uma das espécie mais difíceis de serem capturadas em agua salgada, isso porque eles exigem do pescador uma serie de técnicas, domínio, improvisação, sorte e muitas questões naturais. Entre os fatores naturais que influenciam na pesca desta espécie estão as luas, marés, temperatura de água, cor de água, etc. Não que tudo isso não influencie na pesca de outros peixes, mas na pesca do robalo influencia diretamente, e em 100% dos casos.

A boca grande, uma linha preta correndo na horizontal de seu corpo em meio as prateadas, pequenas e uniformes escamas do robalo são algumas de suas marcas. Esta faixa preta serve para designar que ele é o faixa preta do tatame chamado de oceano. Brincadeira, mas é como se fosse, pois esse peixe não é fraco não, em todos os sentidos. Existem duas espécies de robalos no Brasil, sendo elas:

Robalo flecha:

 

 Creditos pela imagem: http://peska.com.br/novopeska/fotos-de-pesca/todos/91-robalo-flecha-centropomus-undecimalis-/detail/13569-robalo-flecha40006luis-correia-pi?tmpl=component

 Robalo peva:

 

 Creditos pela imagem: http://wakacustom.com.br/wp-content/uploads/2011/10/Pev%C3%A3o-com-logo.jpg

 

O robalo flecha pode chegar até os 30kgs e medir mais de 1m de comprimento. Já seu irmão caçula, o peva, atinge até os 5kgs e chega a medir pouco mais de 75 cm. Eles são pescados mais no verão, principalmente nas baias, estuários e na beira de praia, mas isso não torna impossível fisga-los no alto-mar.

A pesca de robalos pode ser comparada a o famoso ditado, uma faca de dos gumes, pois há dias que eles só se interessam pelas artificiais, porem há dias em que só as naturais são capazes de fazer com que o pescador tenha sucesso. Cada dia é um dia, não existe uma técnica, uma isca que funcionará sempre. Cabe ao pescador vontade, investimento e muita persistência em tentar modos diferentes de trabalhar a artificial, mudar da superfície para a meia agua, ou para o fundo, com os conhecidos camarões artificiais e shads, ou até mesmo desistir de tudo isso e ir pescar com as naturais, boiado ou no fundo. Veja a seguir muitas dicas para ter sucesso na pescaria deste peixe, desde os tricks, como são chamados os pequenos robalos, até os robalões com mais de 20kgs, troféus para se lembrar a vida inteira.

  • Pesca de praia:

Para você que vai passar o verão na praia e gosta de pescar, ou para você que não tem um barco para ir a um manguezal ou baia, e para você que como eu, é apaixonado pela pesca de praia, acompanhe a seguir as dicas necessárias para fisga-los com os pés na areia.

Varas: Não precisam ter características tão especificas. As tradicionais, de 2,7m a 5,4m que costumam ser usadas para esta pesca já estão de bom tamanho. Atenção para o casting, já que os robalos costumam se encontrar no terceiro canal pra mais, na maior parte das vezes, então isso requer arremessos mais longos e consequentemente chumbadas maiores. Não sabe identificar ou não sabe o que é um canal? O Universo da pesca tem esta matéria, procure Como identificar os canais da praia.

Molinetes: Estes devem ter capacidade mínima de 200m de 0,30mm. Tamanhos entre 3000 e 5000, preferencialmente de carretel raso atendem as necessidades.

Linhas: Na praia, por muitos fatores não se pode usar linhas muito grossas, pois o vento e as ondas as levam e as embarrigam com muita facilidade caso você use uma. Linhas entre 0,28 e 0,33mm estão ótimas.

Chicotes: Para robalos pode-se usar os tradicionais, pois estes já oferecem a resistência necessária, já que geralmente, aqui no Sul, só os pevas costumam a aparecer nessa modalidade. Opte por 0,40mm ou superiores, caso um flecha apareça de surpresa.

Chumbadas: Tipo pirâmides, por oferecer uma melhor fixação na areia, de 100 a 150 gramas.

Anzóis: Tipo wide gap, mas conhecidos como robaleiros. Para a pesca de praia, os tamanhos mais indicados são os 1/0 e 2/0.

Líder de fluocarbono: Por o robalo possuir uma mandíbula digna de ser comparada a uma navalha, é indispensável o uso de líderes de fluocarbono superiores a 0,40mm para que a linha não se rompa.

Iscas: Os robalos preferem as vivas, então se for possível, um carapicú ou uma sardinha viva são as melhores opções. Entre as mortas, as melhores são os corruptos, tatuíras e em últimos casos eles também aparecem com files de camarões iscados inteiros. Não esqueça-se de amarrar a isca de esta for morta.

  • Pesca embarcada de fundo com iscas naturais:

Esta maneira de pesca-los também costuma trazer bons resultados. Basta usar os materiais certo. Veja:

Varas: de 1,5 a 1,9m, entre 12 e 25 libras

Carretilhas: De perfil baixo, com capacidade mínima de 100m de 0,30mm, de multifilamento

Molinetes: Entre os tamanhos 3000 e 5000.

Linhas: 0,30mm, de multifilamento ou 0,40mm de monofilamento.

Chicotes: Estes devem ser usados nas baias, onde as marés são mais fortes que nos estuários(Mangues). Devem ser feitos em casa, com linhas 0,60 ou mais, para que o robalo não consiga cortar a linha e devem conter 2 anzóis.

Chumbos: Tipo oliva ou ervilha, com 30 gramas ou mais para os manguezais e chumbos gota para baias, entre 80 e 150 gramas.

Anzóis: Aqui, na embarcada, eles devem ser maiores do que na praia. Tamanhos entre 2/0 e 3/0, tipo widegap(robaleiro) são os indicados para pesca com as iscas vivas.

Iscas: Devem estar vivas. Raramente são pegos nas iscas mortas, e quando isto acontece, são pequenos. Dentre as iscas vivas que costumam seduzir os robalões até o anzol estão as sardinhas e camarões vivos.

Montagem: Amarre o chicote na linha principal, prenda os anzóis e coloque o chumbo no mesmo. Agora, está pronto para pescar. O modelo do chicote você aprende a fazer em nosso canal do youtube: Universo da Pesca.

  • Pesca embarcada com boia

Varas: de 1,7 a 2,7m, para proporcionar longos e certeiros arremessos próximos aos barrancos ou galhadas, entre 12 e 25 libras

Carretilhas: De perfil baixo são as indicadas

Molinetes: Entre os tamanhos 3000 e 5000.

Linhas: 0,30mm, se optar por usar multifilamento. A monofilamento também pode ser usada, mas de espessuras um pouco maiores, algo em torno de 0,40mm é o ideal.

Chumbos: Tipo oliva ou ervilha, com 10 gramas ou mais.

Anzóis: Tamanhos entre 2/0 e 3/0, tipo widegap(robaleiro) são os indicados .

Iscas: sardinhas e camarões vivos.

Boias: Podem ser de arremesso ou até mesmo as tradicionais, de tamanhos entre 3 e 5.

Montagem: Na linha principal, amarre a boia de arremesso ou passe a boia tradicional pela linha. Abaixo dela, passe o chumbo indicado: Logo abaixo, amarre um pequeno girador. Na outra extremidade do mesmo, amasse algo em torno de 50 cm a 70 cm de líder de fluocarbono. Depois, amarre o anzol.

  • Pesca embarcada na rodada ( com barco a deriva)

Neste tipo de pesca, deixa-se o barco a deriva e o anzol juntamente com a isca vão sendo levados pela maré e vão sendo arrastados pelo fundo.

Varas: de 1,7 a 2,7m, entre 12 e 20 libras

Carretilhas: De perfil baixo.

Molinetes: Entre os tamanhos 2000 e 4000.

Linhas: Superiores ou iguais a 0,30mm.

Chumbos: Tipo oliva ou ervilha, com 30 gramas ou mais.

Anzóis: Os famosos robaleiros, entre 2/0 e 3/0.

Iscas: Para essa modalidade, os camarões vivos são os melhores. Eles podem ser iscados tanto pelo chifre como por um dos anéis de sua ‘’cauda’’.

Montagem: Passe o chumbo pela linha mestre. Abaixo dele amarre um girador. Na outra extremidade do girador amarre 70 cm de líder de fluocarbono superior a 0,45mm. Após isso, amarre o anzol.

  • Pesca com iscas artificiais:

Varas: Devem ter entre 1,5 e 1,9m, entre 12 e 17 libras

Carretilhas: Para a pesca de iscas artificiais são mais indicadas que molinetes. Devem ser de perfil baixo, com capacidade mínima de 100m de multifilamento 0,30mm.

Linhas: Multifilamentos, entre 0,30 e 0,37mm.

Lideres: Devem ser usados para que os robalos não cortem a linha. Estes devem ser iguais ou superiores a 0,45mm.

Snaps: Reforçados, para evitar perdas.

Iscas artificiais:Plugs de superfície entre 5 e 10 cm produzem bons resultados, além das infalíveis iscas plásticas, como os camarões artificiais, shads e peixes de silicone. Metais jigs, trabalhados juntos ao fundo arenoso ou ao fundo de laje também dão resultados.

Espero ter ajudado

Boas pescas

Universo da Pesca

Junior